Significado

O primeiro capítulo do livro de João apresenta uma visão profunda e mística sobre a origem e a identidade de Jesus, referindo-se a Ele como a "Palavra" (em grego, "Logos"). Inicialmente, o autor destaca que essa Palavra já existia antes de todas as coisas, enfatizando a ideia de que Jesus não é apenas um ser humano, mas que tem uma origem divina, coexistindo com Deus e participando da criação de tudo que existe. Essa introdução nos convida a entender a relação íntima entre Jesus e Deus, apresentando-o como a luz que ilumina a vida da humanidade e que, apesar de se manifestar em meio às trevas do mundo, não pode ser superada por elas.

A figura de João Batista é então apresentada como o mensageiro que veio preparar o caminho para essa luz. Ele não é a luz em si, mas um testemunho dela, chamando a atenção de todos para a chegada do verdadeiro Cordeiro de Deus. Essa passagem reforça a importância de acreditar em Jesus, mostrando que aqueles que o recebem se tornam filhos de Deus, não por meio de um nascimento físico, mas por um ato divino. Ao dizer que Jesus se fez carne e habitou entre nós, João revela a essência da encarnação, uma doutrina central na fé cristã que destaca o amor de Deus por seu povo ao se tornar humano.

O capítulo também retrata as reações das pessoas a essa mensagem. Enquanto muitos não reconheceram Jesus como o Messias esperado, João e seus discípulos reconhecem sua grandeza e o seguem. Esse delineamento do encontro de Jesus com seus primeiros seguidores, como André e Natanael, amplia a ideia de que, embora Jesus não tenha sido inicialmente aceito em seu próprio meio, aqueles que se abrem para a sua mensagem e testemunho podem encontrar um propósito maior. O chamado para "vir e ver" convida cada um a explorar pessoalmente a verdade que Jesus representa, mostrando que a fé é tanto um convite a uma jornada pessoal quanto uma revelação de um mistério divino.